KORG X-2 TECLADO WORKSTATION NOVÍSSIMO EM BELO HORIZONTE

GERAL: Visualmente, o X 2 tem muito a ver com o velho M1, mantendo a mesma aparência sóbria e aproveitando muito do design já consagrado, com mais alguns botões. O display de contraste ajustável foi simplificado, e há menos quantidade de informações em cada janela, mas as quatro teclas de setas permitem movimentar o cursor nos parâmetros desejados, quando se está editando. A seleção dos timbres ou combinações pode ser efetuada tanto digitando-se o respectivo número nas teclas numéricas, como usando as teclas de INC/DEC. O X2 é um instrumento multitimbral dotado de dois excelentes processadores de efeitos e um seqüenciador de 16 pistas. No modo Combination, pode-se ter até 8 partes timbrais independentes, cada uma podendo usar um timbre diferente, o que permite a criação de programas compostos (layers ou splits) de grande riqueza, processados pelos processadores de efeitos. Em cada parte timbral, além do canal de recepção MIDI e do timbre, pode-se ajustar: volume, extensão/região no teclado e a posição no estéreo (pan). Além disso, é possível programar a parte timbral para só responder a notas dentro de determinada faixa de key velocity (intensidade), de forma que uma Combination possa soar com timbres diferentes, dependendo da força com que se toca no teclado. O X2 pode armazenar 200 Combinations em dois bancos (A e B), podendo essa capacidade ser ampliada pelo uso de um card (opcional). No modo Program, o X2 opera com apenas uma parte timbral e um único canal de recepção MIDI. O instrumento pode operar não só com a afinação convencional (escala igualmente temperada), como com outras 10 escalas alternativas (uma programável) e possui um drive de disquete (3.5), que permite armazenar dados de timbres e seqüências. A localização do drive na lateral esquerda não é das melhores, pois pode ser problemática para aqueles que usam o instrumento sobre estantes com colunas laterais mas, de qualquer forma, é um recurso de extrema importância, como veremos mais adiante. Não foi possível verificar se o teclado do X2 é o mesmo do M1 (que é o mesmo do DX7), que tem como destaque a durabilidade, mas a ação das teclas é boa, dentro dos padrões de teclados leves, de plástico. TIMBRES E EFEITOS: O que impressiona mais no X2 é a qualidade e o bom gosto dos seus 336 timbres: 200 em RAM (bancos A e B) e mais 128 timbres e 8 kits de percussão compatíveis com o padrão General MIDI (ROM), e por meio de um card adicional, pode-se adicionar ainda mais 200 timbres. Os timbres são construídos a partir de 341 amostras digitais (chamadas de multisounds) armazenadas em 6 MB de ROM (podendo-se dispor de mais, por meio de card PCM, opcional). Dentre os timbres do X2, alguns merecem realmente destaque. As guitarras são de um realismo impressionante (no Program A94 JoystickUp, por exemplo, pode-se controlar a abertura do wah-wah pelo joystick). Os órgãos também são excelentes, sendo que em alguns é possível controlar a velocidade do efeito de rotary speaker (Leslie) pelo key velocity. Muitos dos sons, como os pianos elétricos, são extremamente beneficiados pela excelente resposta do VDF e outros (como as guitarras) pela diversidade de tipos e alta qualidade dos processadores de efeitos. Dentre os 128 timbres GM, embora os pianos não possam ser classificados como excelentes, não poderíamos deixar de mencionar o timbre G53 Choir, que possivelmente é o melhor coral encontrado em instrumentos GM, e a boa dinâmica dos sax. Um item a ser destacado é o fato do X2 não silenciar abruptamente o som ao se trocar de um timbre para outro. A polifonia total é de 32 vozes (se não for usado apenas um oscilador para cada timbre), e a estrutura para a síntese dos sons segue o mesmo princípio dos instrumentos anteriores (M1, série T e 01/W), contendo um oscilador, filtro (VDF), amplificador (VDA) e MG (Modulation Generator). Uma limitação na produção de sons no X2 é a inexistência de ressonância no filtro (VDF), mas isso não chega a ser tão crucial porque dentre as amostras (waves) disponíveis, várias contêm características apropriadas para a criação de timbres ressonantes. Há 340 amostras, ocupando 6 MB de memória ROM e é possível expandir esse total usando um card PCM opcional. Por possuir 8 curvas sensibilidade a key velocity e 8 curvas de sensibilidade a aftertouch, a resposta do X2 pode ser adequada facilmente à maneira de tocar do músico. Além disso, ao se criar um timbre (Program), é possível escolher quais os dispositivos de controle (joystick, aftertouch, controle deslizante e pedal) que vão controlar determinados parâmetros do som (pitch, freqüência de corte do filtro, etc). Os dois processadores independentes possibilitam a criação de inúmeros efeitos, havendo 4 modos diferentes de interligação deles com os timbres e as saídas de áudio. Dentre os efeitos, há reverbs (12 tipos), delays (6), chorus (6), flanger (3), exciter, enhancer, distortion (2), phaser (2) rotary speaker, tremolo (2) e parametric equalizer. SEQÜENCIADOR: O seqüenciador interno do X2 possui 16 pistas, e pode tanto comandar os sons internos do instrumento assim como equipamentos externos, via MIDI. Quando operando sozinho, o seqüenciador do X2 pode comandar até 16 de seus próprios timbres, cada qual em um canal diferente. Pode-se gravar as notas em tempo-real (tocando) ou passo-a-passo (step-time) e, depois de gravadas as notas, é possível editar os dados da trilha (quantização, corte/colagem de compassos, transposição, etc. O seqüenciador também permite gravar em modo punch-in automático, para remendar trechos errados e oferece compatibilidade com o padrão Standard MIDI File (SMF), possibilitando carregar ou salvar seqüências em disquetes de 3.5 (formato MS-DOS).